O Silêncio do Piano

Reajo às mãos de piano,

me torno espiral de palavras,

tornado de nuvens de pensamentos...

entrecortadas de angústias...

 

Olhos de montanha ainda

me perseguem na noite insone.

Não conheci, nem toquei suas terras

enquanto correm pelo meu jardim

de flores esmaecidas...

 

Se eu quiser...

É preciso querer?

Mais e mais completamente?

 

Pensei que o óbvio da procura

transbordasse da mão

que desenha - na boca - passarinhos...

 

 

Poema e foto: