Tsubaki

Oh flor do oriente\

Sem qualquer pretensão\

Desnudas entre a gente\

Farfalhando suave sua beleza resiliente\

Que a distância\

Só posso admirar\

Oh mulher\

Como és formosa\

Como podes nesse cansaço\

Me fazer delirar\

Me indispor com a timidez e sonhar\

Adormecer incauto\

Entre os muros proibidos dos teus seios\

Onde eu possa feito criança\

Na hora da fome, beber-lhes o mel\

E silenciosamente, ouvindo tua voz apascentar minha dores adormecer\

Me enroscando nos teus cabelos negros\

Maculando o leito quieto do teu corpo\

Com as minhas mãos atrevidas\

Sentir os teus lábios\

Repousando nos meus\

A me fazer viver\

Como posso agora fazer\

Pra te esquecer\

O que posso te dizer\

Pra esse momento acontecer\

Se apenas me olhas\

Deixado adiante de nós uma lacuna viva\

De um insano querer\

Quem és tu\

A distanciar desconhecidos\

A ferir de morte feridos\

Já sinto ao redor\

Que tudo parece\

Sem sentido\

O que poderia fazer\

Se adiante de mim\

Segundos antes das horas\

Tu, entre as luzes de Tóquio\

E a liberdade \

Hás de descer\

Levando embora a esperança de te conhecer\

Que ousadia poderia\

Nesse momento\

Me ser peculiar\

Se agora há leis\

Que vulgarizam qualquer sentimento de loucura\

Me deixa ficar na sombra\

Dessa tua lembrança\

Que ocupa a minha cidade\

Porque bem sei\

Ainda que vele\

A estrada noite e dia\

Jamais voltarei a te encontrar\