O travo do dia

O travo do dia

Desemboca no meio

Da corrida fria

Meus cabelos crepitam

Os olhos queimam

O coração racha

O futuro

Derrama seu sangue

De brasa nos meus ossos

Futuro!

Queima com teus sonhos

Minha montanha de incompetências

Arde com teu fosco ruge

As dobraduras do meu passado

A multidão é de pedra

E do lírio das horas

Brota o algodão dos meus versos

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 23/03/2024
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