A me procurar

Amanheci tão frágil, tão tensa, sem voz e sem argumento.

Amanheci calada.

Amanheci sozinha.

Amanheci com muitas lágrimas.

Amanheci chorando por qualquer amigo qua também chora.

Sou sensível.

Talvez o avesso da vida.

Sou meio torta.

Sou tão sozinha!

Sou um abismo!

Ou quem sabe, um rabisco.

E queria ser poesia!

Tudo que amei...só amei.

Não fiz disfarce.

Permiti que a vida por si mesma seguisse.

E sou tão sozinha!

Talvez por medo...ou ou quem sabe bom senso.

Sei lá!

Meu jeito é torto.

Busco o amor.

Em noite sem lua

E não me vem.

Lidar com a vida ainda não sei.

O mapa é escuro.

Nossas linhas não se cruzam.

Acho que ainda sou uma criança.

A chorar engatinhando.

Ou talvez um dia que nunca amanheceu.

Difícil entender!

Nada forço, nem forçarei.

E o amor a não me vê.

Sou boba sou tola.

Mas...

Sempre a me procurar.

Rosilda pinheiro

Rosilda pinheiro
Enviado por Rosilda pinheiro em 26/03/2024
Reeditado em 22/04/2024
Código do texto: T8028380
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