Prefiro viver à deriva

do que amarrada

- eternamente - ao cais.

 

Cruzar um silêncio que fala

é como adentrar horizontes

em busca dessa rede

que pesca esperanças

e se aconchega

nessa hora longínqua,

num sol de amor

que ofusca o que não é totalidade,

o que não traz o significado

do que diria a boca

que ama com o olhar perdido

na janela de cortinas

sazanadas pelo tempo:

 

ela é tudo!

 

Que essa canoa voe veloz

para este Mar que acalma

e acende promessas da noite seguinte.

 

Intertexto com

Céu de Meio-Dia

de Diego Tomasco