Noites Sem Conta
Já perdi a conta dos dias que eu vi o sol nascer
Das noites mal dormidas ou insones
Dos cigarros fumados no meio da noite
Das longas leituras
E do deitar e levantar da cama
Às vezes essas noites me deixam louco
Às vezes essas noites me satisfazem
Das longas noites escritas no meu caderno
Das longas noites sem conseguir dormir e precisar
Muitas vezes aparece um filme agradável
Outras conto apenas com meu maço de cigarro
Escrevo, estudo, leio: solitariamente durante a noite eterna
Às vezes as noites são frias e congelantes
Às vezes são quentes e barulhentas
Com o som do meu ventilador ligado
Às vezes são cheias de idéias
Às vezes de desejos
Às vezes de vazio
Já perdi as contas das noites que passei em claro
Mas também já perdi as contas dos dias que vi o sol nascer