Noites Sem Conta

Já perdi a conta dos dias que eu vi o sol nascer

Das noites mal dormidas ou insones

Dos cigarros fumados no meio da noite

Das longas leituras

E do deitar e levantar da cama

Às vezes essas noites me deixam louco

Às vezes essas noites me satisfazem

Das longas noites escritas no meu caderno

Das longas noites sem conseguir dormir e precisar

Muitas vezes aparece um filme agradável

Outras conto apenas com meu maço de cigarro

Escrevo, estudo, leio: solitariamente durante a noite eterna

Às vezes as noites são frias e congelantes

Às vezes são quentes e barulhentas

Com o som do meu ventilador ligado

Às vezes são cheias de idéias

Às vezes de desejos

Às vezes de vazio

Já perdi as contas das noites que passei em claro

Mas também já perdi as contas dos dias que vi o sol nascer

Anjo Enfermeiro
Enviado por Anjo Enfermeiro em 05/01/2008
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