Não sei dizer o que senti.

Dava pra ver no teu olhar que querias descobrir o que eu pensei, a outra face da verdade revelada em minha num corpo diferente do meu. E eu ali oferecendo a outra face!

E eu queria palavras que não vinham, queria um grito e o grito já não existia. Só existia a decepção.

O meu amor ali parecia grão de areia, infima estrela da menor constelação.

Eu queria também que fosse ali o recomeço, que você não fosse o que eu via, que você não fosse o que eu tinha certeza.

eu queria tantas coisas, queria ser fumaça, mas fui raça

fui coragem,ali perplexa diante da verdade que se revelava.

eu me descobri, melhor do que eu era.

eu me vi mais importante do que fui, mais inteira e sem você completa.

entretanto repleta de decepções.

Já nem era dor o que senti, talvez desprezo fosse se não fosse apenas um sentimento implodindo e morrendo dentro de mim...

se não fosse apenas uma tempestade de verão enganosa, pesada e passageira aquela enominavel emoção!

Foi tudo e foi tão pouco e quase nada que se abriu em meu peito, um sonho que partiu, sem deixar rastros no chão.

E querias mesmo saber o que eu senti.Mas naquele momento compreendi que jamais me ouviste, jamais compreendestes o motivos de meu coração e portanto calada permaneci, pra que nem mais uma palavra eu te oferecesse que não fosse a palavra perdão.

perdão por tantas coisas...por ti amar demais

perdão por ti não saber quem você era

perdão por ter investido, lutado tanto por um amor que não quiseras!

Mas se todo os males o meu amar assim demasiado fosse o pior então me daria por contente...

Porque amar assim pra tanta gente ainda é um sonho que não se realizou

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 05/01/2008
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