DESATINO

DESATINO

Cada vez durmo menos

Não lembro dos sonhos

Acordo muito cansado

E cochilo torto no sofá

A inspiração em falta

Não é fake é fato

A transpiração não soa ou sua

O marasmo mostra-se vivo

Entre escombros que grassam

A graça com ç

Não dá suporte a gracejos

Os risos esganam-se em rigidez

Amarelos quais os dentes

Das nicotinas de outrora

A vida segue destinada

Ao sem destino

Um viva ao desatino

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/04/2024
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