CATA-VENTO DA VIDA

Viver sempre foi disputar uma batalha a cada dia. E vencer a batalha do dia nunca foi garantia de paz. Somos desafiados a continuar lutando, nessa dinâmica de “ganhar e perder” e de nunca desistir e nem fugir da boa batalha com a única certeza de que a grande e definitiva paz que buscamos não está nesta dimensão que vivemos. Mas sem perder de vista que a plena conquista da verdadeira paz depende das batalhas de cada dia da nossa vida.

Levemos nossos cantos,

aos inóspitos recantos,

de beduínos palpáveis,

ou detrás de seus imundos abas.

São bargantes precisando de alento.

São bastardos que vivem no tempo.

Desmanados ou deixados pra trás.

Nas estradas infindas da vida,

quantas vezes queremos voltar,

Mas encontramos amigos mais fortes,

que nos estimulam a continuar.

Não podemos esputar em nosso irmão,

lhe desprezar quando nos pedem guarida.

Não devemos ser o causador da versão,

E sim, o cata-vento da vida.

Sapucaio que o mundo criou,

agro negro que me intimidou.

De saguim empunhado nas mãos,

mamujando ou usando aguilhão.

Mas no fim desta luta de feras,

nossa vontade que é força mais nobre.

Vai vencer o final desta guerra.

Deus criou o mundo maior para os pobres.

Mário Margalho
Enviado por Mário Margalho em 17/04/2024
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