MINHA CANÇÃO DO EXÍLIO

Outrora foste para mim campos floridos

Na relva verde de primaveras mil...

Um belo sonho rendilhado em lírios

Em cravos brancos qual jardim dos céus...

Eu era a rosa que perfumava a brisa

Tu eras o orvalho que banhava a natureza!

Mimo de bonança... Berço onde eu nasci!

De esperanças onde vivi a juventude

Desde a infância foste sol de esplendor

Em braços fortes fiz de ti dor e saudade!

Tu fizeste do meu coração um hino

A mais bela canção que ouvi tocar

Aos poucos fui de ti sem sol partindo...

Em outras plagas fiz meu teto, o meu altar,

Em outros braços estranhos como a noite

Tornou-se mar, os meus dias em solidão!

Eu quis voltar ao teu seio materno

Em busca de guarida, conforto e paz,

Fitei teu sol, os teus campos, tuas estrelas...

Na amplidão onde se esconde o teu mistério

Em vão tentei regressar, mas não quiseste!

Hoje, distante eu imagino-te bela!

Como outrora, tu serás sempre querida,

Se és perfeita? Não importa, és minha Terra!

Terra natal! Foste minha e és ainda...

Embora longe, queira Deus ainda volte,

Se tu me esperas em vitoriosa glória

Hei de honrar o teu nome.

Hás de honrar o meu?

Onde estiver permanecerei fiel a ti...

Hei de morrer nos teus braços volvendo

Hei de ressurgir na tua sombra vivendo!

Uma Homenagem a minha terra natal - Campina Grande - PB

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 18/04/2024
Código do texto: T8044695
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