Na pura tarde

Havia ainda um respingo em mim

Como num espanto

Um verso

Teus olhos castanhos, mel , quase verdes.

Mas isso escrevo porque acho bonito. Pois eram azuis

Azul como os céus

Que nunca foram

Azul como o mar

Que nunca foi

Como os ladrilhos

E pedras preciosas

Jóias sem valor

Num dedo um falso brilhante

Que como espanto

Nunca foi

Continuo dizer que são lindos

Que são verdes

Que de contra o sol

Pareciam cinzas

Na pura tarde

E, na noite negros

Num breu forte

Mas que na minha alma

Veria azul

Não hambar, mas azul

Na pura tarde.

H H Barrozo
Enviado por H H Barrozo em 19/04/2024
Código do texto: T8045499
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