Devaneios Em Israel

As noites em Israel são

Reflexos de seus dias.

Ela não sabe o tamanho que tem.

Pernas ungidas em cruzamento,

E os loiros fios que escondem seus olhos -

Sua essência.

A água levanta sua saia.

"Saia" - disse ela, envergonhada

E molhada.

Pouca roupa, muita vida.

A malha se elevou e a vi.

Um pedaço da Terra Prometida!

Vinhos lábios em orvalho.

A entrada - pequena.

Salva pelas palavras da construção

Ou pelo cofre fechado.

Novembro e as areias do tempo,

Deitados

No véu da noite.

A complexidade de suas curvas

Nas poucas rendas.

Sua roupa era desnecessária

Por transparecer sua verdadeira beleza.

Tempo único e úmido.

A luz se decepciona e olha para baixo.

E encara a sujeira do chão,

Para não iluminar todo ambiente.

A força que sustenta seus olhares

E o rosa que segura sua natureza.

Atravessando ruas

Como quem atravessa veias,

Afundado em doenças

Ou

Em crenças...

"Tomei sol, está ardendo, toma cuidado",

A cauda de sua saia me cobria - e me cegava.

"Sim" - ela disse com os olhos

E sua boca vertical.

O que é isto?

Nem mesmo amar amei de fato!

Thiago Lazzari
Enviado por Thiago Lazzari em 20/04/2024
Código do texto: T8046198
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