Devaneios Em Israel
As noites em Israel são
Reflexos de seus dias.
Ela não sabe o tamanho que tem.
Pernas ungidas em cruzamento,
E os loiros fios que escondem seus olhos -
Sua essência.
A água levanta sua saia.
"Saia" - disse ela, envergonhada
E molhada.
Pouca roupa, muita vida.
A malha se elevou e a vi.
Um pedaço da Terra Prometida!
Vinhos lábios em orvalho.
A entrada - pequena.
Salva pelas palavras da construção
Ou pelo cofre fechado.
Novembro e as areias do tempo,
Deitados
No véu da noite.
A complexidade de suas curvas
Nas poucas rendas.
Sua roupa era desnecessária
Por transparecer sua verdadeira beleza.
Tempo único e úmido.
A luz se decepciona e olha para baixo.
E encara a sujeira do chão,
Para não iluminar todo ambiente.
A força que sustenta seus olhares
E o rosa que segura sua natureza.
Atravessando ruas
Como quem atravessa veias,
Afundado em doenças
Ou
Em crenças...
"Tomei sol, está ardendo, toma cuidado",
A cauda de sua saia me cobria - e me cegava.
"Sim" - ela disse com os olhos
E sua boca vertical.
O que é isto?
Nem mesmo amar amei de fato!