Não sonhei os sonhos que me sonharam
deixei os bagos de milho para os pássaros
cortei as asas para poder voar
ancorei a vida no coração sem ar.
A valsa se perdeu em meus passos
que se encontraram no balanço do brega,
batizaram-me naquela fé
que, por não ser minha, estava cega.
Fracassei quando tudo parecia feliz
e o portal da vida me fez viajar e pensar
que aquela pesada cruz eu nunca quis,
o caviar era o meu pesadelo.