O blefe do palhaço

Desce do ventre dos céus dos meus pensamentos

Tempestade mental que me assola

É na madrugada chuvosa que transcrevo lamentos

Que compartilho destes tempos idos de outrora

Me lembro das tardes lamentosas

Feito palhaço entristecido a retesar os músculos em suas manobras

Sua maquiagem denota o sorriso mavioso

E o seu corpo desliza livre pelas cordas

Do seu ventre espuma o liquido amargo e quente

A topar contra as narinas das senhoras

Oh doce clown tece o seu espetáculo em sutil morbidez

Tosse e chora

Sua máscara análoga a poesia esconde melancolia

Seu riso treme e o peito geme na mais pura intrepidez

Palhaço talvez eu sofra do mesmo mal que o teu corpo repudia

Melancolia...

A revelia o palhaço suportara o fiasco intimista no palco da vida

A provar de sua companhia

Estes são tempos estranhos

Tempos em que encaro a dor com plenitude

Da melancolia se fez solitude.

DestinoPoesia
Enviado por DestinoPoesia em 24/04/2024
Código do texto: T8048899
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