Imagens Repetidas
Ah! Como diria a primeira letra do alfabeto.
Um desperdício de letras.
O tempo parou nos ponteiros
E meu relógio também...
E também os gelos do meu whiskey,
Um universo submerso.
Mas no calor que ela proporciona
É necessário -
Para se saciar;
O seu toque
E um beijo ardente.
Enfim respirando.
Só damos valor ao oxigênio
Quando não é devidamente queimado
Pelos sentimentos
De outrora.
As fotografias que temos
Das pessoas que se foram
São sempre as mesmas -
Sim, redundância...
Imagens repetidas do passado.
Um estreito de águas atravessa
O que sou: Imundo.
No mundo que escolhi - ou pereci.
Líquidos à parte...
Amargos prantos, presentes.
O tempo parou nas cordas do relógio.
Lembrando, seus olhos eram rosas -
Os espinhos cortam minha pele,
E sua boca uma Victoria Amazonica!
Novamente...
Agora minha cicuta é cristalina!
Ela se vai, através da janela,
Depois do vento
No elixir da floresta -
Nas repetições de tais letras...