Imagens Repetidas

Ah! Como diria a primeira letra do alfabeto.

Um desperdício de letras.

O tempo parou nos ponteiros

E meu relógio também...

E também os gelos do meu whiskey,

Um universo submerso.

Mas no calor que ela proporciona

É necessário -

Para se saciar;

O seu toque

E um beijo ardente.

Enfim respirando.

Só damos valor ao oxigênio

Quando não é devidamente queimado

Pelos sentimentos

De outrora.

As fotografias que temos

Das pessoas que se foram

São sempre as mesmas -

Sim, redundância...

Imagens repetidas do passado.

Um estreito de águas atravessa

O que sou: Imundo.

No mundo que escolhi - ou pereci.

Líquidos à parte...

Amargos prantos, presentes.

O tempo parou nas cordas do relógio.

Lembrando, seus olhos eram rosas -

Os espinhos cortam minha pele,

E sua boca uma Victoria Amazonica!

Novamente...

Agora minha cicuta é cristalina!

Ela se vai, através da janela,

Depois do vento

No elixir da floresta -

Nas repetições de tais letras...

Thiago Lazzari
Enviado por Thiago Lazzari em 26/04/2024
Código do texto: T8050254
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.