Jejum
Não há dedo
Que, desavisado,
Possa apontar
Na direção
Da minha direção
E meu destino;
Esse decido
Atrás de cortinas
Dentro de janelas
Que não dão
A lugar algum.
Estarei aqui
Sendo o limbo
Castigo
De algozes
Os antigos;
Os possíveis...
Não há dedo
Que muito usado;
Dado a teclar,
Em solidão
Ou rara paixão
Ou desatino
Meu abrigo
E delicada rotina
E suas aquarelas
Possa tocar
Nenhum.