Jejum

Não há dedo

Que, desavisado,

Possa apontar

Na direção

Da minha direção

E meu destino;

Esse decido

Atrás de cortinas

Dentro de janelas

Que não dão

A lugar algum.

Estarei aqui

Sendo o limbo

Castigo

De algozes

Os antigos;

Os possíveis...

Não há dedo

Que muito usado;

Dado a teclar,

Em solidão

Ou rara paixão

Ou desatino

Meu abrigo

E delicada rotina

E suas aquarelas

Possa tocar

Nenhum.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 09/05/2024
Reeditado em 13/05/2024
Código do texto: T8059446
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