Ainda não conheço os atributos da pétala.

Nem a mágica que joga os pontos num plano

e que desenhe o sonho de tessitura

azul-anil-violeta de meus olhos.

 

Sim, sim... há limitações

para a compreensão total do mundo.

Não consigo achar uma linha

no Perceptron da minha vida

que me permita compreender

as multicamadas de minha própria alma!

 

E é tão complexo! E paradoxal!

Vejo uma teia de combinações

que me dão mais saídas

para o que precisava trilhar... e falar... 


Ajusto as linhas, as retas... Vario o peso...

Brinco com o diagrama da vida

como fosse um outro colorido...

 

É assim, bem assim

que se formam minhas redes neurais...

Acho uma reta... sigo por ela...

Escolho o peso...

processo o seu ajustamento...

Estabeleço a testagem...

Viva! E tenho o resultado...

 

E, ainda que ele não seja

o que eu sonhei ou pedi,

eu encontro nele um signficiado...

é o resultado da soma

ou da abstração

das minhas escolhas anteriores...