Volúpia!

Um filósofo escreveu...

“Assim como ossos, intestinos e vasos sanguíneos estão encerrados em uma pele que torna a visão do homem suportável, também as agitações e paixões da alma estão envolvidas pela vaidade; ela é a pele da alma.”

Por vezes pego meus negros, e vermelhos, ou mesmo o meu todo branco... Momentos de ansiedade, agitações, paixões e revisto com a visão caleidoscópica de minha vaidade, transformando tudo num arco-íris lindo e suportável para meus tão frágeis sentimentos...

Volúpia...

E se acordo na noite com suores e sonhos de amores...

E se meu corpo se aquece e arde na luxúria de meus pensamentos... Meu ventre chora o vazio!

Ansiando teu caminho, teu toque tua fome.

__Minha alma treme com a certeza das lágrimas de meu Deus!__

Inferno de sentimentos,

Dantesca peregrinação remota meu todo ao Ades...

Digladiam carne, espírito,

Amor, desejo, sentimento, excitação...

Tão opostos e tão únicos nas sensações que me dominam e me tira o sono.

Eu renego você e esse fogo que me queima as entranhas,

E me toma desta forma maldita e tão humana.

Meu espírito sofre,

Meu desejo explode,

Meu corpo sucumbe ao gozo e fico perdida entre o deleite do momento

E o pecado do amor proibido...

Perdida nessa gama de emoções.

Querendo não querer

Da luxúria me libertar

Tentando a todo custo te esquecer,

Vestir-me com a candura de ser etérea e somente sopro

Ir com o vento e beijar todas as estrelas,

Sem medos ou culpas...

Vaidades, como em Eclesiastes, só vaidade.

Observadora
Enviado por Observadora em 08/01/2008
Reeditado em 10/03/2008
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