Mas ele chegava e partia...

Ele era seguro em tudo que fazia, mas ele não entendia o que ela vivia e dizia.

Às vezes, com um olhar fixo ele se sentia mais carente diante de um mundo que nada mais o oferecia.

E já sem jeito, com os cabelos enrolados, ela, impaciente imaginava o que tanto se passava dentro de seu coração, que se alterava ao simples toque das mãos.

O que mais podia fazer tão bela menina?

Onde mais iria parar seus charmes e suas manias?

Ela, boba sonhava...

Ele, apenas falava... E falava.

Falava sobre os motivos das desordens sociocultural, das religiões, línguas e emoções...

Sua decadência experimental.

A um certo tempo, a vida dela não era mais a mesma, ela sentava calada as vezes,pouco angustiada, e não sabia exatamente pra onde seguir.

É que aquela mulher de 40 tinha se perdido nos desejos da garota de 15.

...E pra ele o que menos importava era o que ela esperava sobre aqueles assuntos que ele prometia.

Porque ele chegava... Mas depois partia.

Partia também o coração.

E sobre sexo, era só fantasia.

Ele queria só tesão...

E ela, uma boa companhia.

Ele cantava sua própria vida, como um filme de ficção.

Enquanto ela buscava um conto de fadas, monótono, sem emoção.

No fundo existia uma certeza:

A menina sentada na mesa encontrara uma triste paixão.

Havia também uma pergunta:

Quanto tempo ele suportaria para ganhar a noite e uma menina? E logo... Seu coração.

Mas ele chegava e partia...

E ela? Chorava então.

Marise Marinho
Enviado por Marise Marinho em 08/01/2008
Reeditado em 07/02/2012
Código do texto: T808508
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