NUESSÊNCIA

O Homem nasce. Nu e puro.

Como parte da natureza

é, em si, absoluta beleza.

Livre, decide o seu futuro.

O Homem se faz inseguro.

Cobre-se de bens (procura os bons).

Ergue antemuro (esquece os dons).

Imaturo, comete perjuro.

O Homem arrisca o tempo venturo.

Renega a simplicidade, ignora a humildade.

Perde a singularidade.

Sem apuro, percebe-se obscuro.

O Homem se torna maduro.

Despe-se dos ornatos da falsa realeza.

Recupera sua essência, a singeleza.

O Homem morre. Nu e puro.