Silêncio...

Anos luz de distância... pensamento.

Agora, neste exato instante.

De plena e cortante solidão,

Perco meu olhar, na direção do horizonte,

Querendo, buscando, teu semblante.

Com vontade de flor em busca da luz.

Velada vontade estampada,

Num perdido olhar...

Você me seduziu a distância.

Plantou no meu peito, a esperança,

De um sonho de paz,

Fui capaz de apostar no destino,

Esse olhar de menino...lindo!

Traduziu meus desejos expressos... em versos.

Decifrou-me a alma,

Aventurou-se em meu mundo.

Me amou com calma, sem presa,

No tempo que a conquista pede,

A paciência velada de um vencedor.

Tocou-me o corpo com fulgor,

Despertou minha fêmea adormecida,

Renasço como fêniz das cinzas.

Com seu louco amor!

Hoje, agora, neste instante,

De solidão e reflexão.

Vejo-me frágil e carente,

Pensando na gente...

Nunca fomos nós,

Nunca houve soma... foi um, e um...

Separadamente!

De fato, dois corações,

Solitários e ardentes,

Poetas solitários em suas vontades,

Mentes próximas,

Corpos à distância,

Sentimentos sem constância,

Ilusão, nada mais.

Dessa vez, sonhei de mais!

Observadora
Enviado por Observadora em 06/12/2005
Código do texto: T81595
Classificação de conteúdo: seguro