A arca dos caidos

A arca escura guarda a selvageria de anjos de pedra, sem coração, alma e bondade. Assim disse a criatura. Destruiremos o teu lar, sua vida e os seus desejos, somos o perfeito pecado, minhas asas já não queimam o céu, mas minha lábia mostra os desejos mais profundos.

Sujo e vazio porem modesto, sou um anjo de pedra que forja os desejos da carne, sou a perdição, a alucinação da felicidade em tua vida.

Escondo-me em sobras e no asfalta negro, sou deixado para traz, mas quando você abre a caixa estou ali pronto a ti servir, então não me venha com essa falsa moralidade. Somo frutos festivos de um desejo sem fim, sirva-se.