Se há palavras paradas...

Se há palavras paradas dentro das paredes de mim,

Latejam, forçam a saída!...

Somatizam-se em desarmonias

Ou transmutam-se em poesia...

O que aparece de bonito em poesia

Muitas vezes é dor filtrada

Que ninguém viu

Mas o poeta sentiu...

O mar alargou os seus domínios e chegou até onde estou

Ou fui eu que palmilhei tantos caminhos

Até chegar onde ele está?!...

Um pouquinho de agonia, eu agüento.

Um pouquinho de fantasia, eu invento.

Entro nas fila dos Bancos,

Entendo a fala dos brancos...

Mesmo quando não se vê e não se sabe da realidade,

Mesmo sem conhecimento, sente-se, pressente-se!...

O sentimento é cósmico

E temos o sentimento do mundo!...

Descompensados, descompassados,

Aqueles que o universo avisou de suas tribulações...

São muitas luas, até que nos vejamos outra vez!

Ainda bem que o Amor não me viu contrariada,

Com imagem tensa e distorcida.

Estados passageiros costumam chegar ligeiro

E passam tão devagar!...

Ou então chegam devagar

E passam mais devagar ainda!...

Já que a história se repete,

Vou escanear pra quê?

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 16/01/2008
Código do texto: T819414