OUTRAS FACES

O canto do pranto

É o grito de horror Aqui é o mal

Que ecoa ao vento

Com medo do intento

O abraço do amigo

É canto de amor Aqui é o bem

O beijo do amor

É pedra de isopor

O meu inimigo

É amigo do amigo

Do meu infortúnio

De sempre supor: O bem e o mal

Que a queda d’água

Sem início e sem fim

É uma árvore com frutos

Com frutas em horror

A mão que balança

E a outra que abana O bem e o mal

São sempre as mesmas

Que outrora enganam

Mas a vida é astúcia

E do mármore bem branco De uma vida refém

Vejo a face que antes

Sorria em pavor