Madrugada, sono profundo,
Um ruido incessante a tocar 
O trabalho lhe chama pro mundo
Já é tarde convém se apressar 

Os faróis demarcam a estrada
Os caminhos que deve passar 
Saudades, mulher e filhos 
É melhor se acostumar

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Debate, demonstra, espera 
Depois preenche o talão 

Longe de casa e dos filhos
Não pensa na solidão 
Dedica de corpo e alma 
A empresa é o coração

No silêncio da estrada
Fica sozinho a pensar 
A cota, a cobrança, o cliente
É preciso chegar lá ! 

Pra ser bom nesse ofício
Não basta saber falar 
Foi-se o tempo do comício
E todos queriam comprar 

Valeu a pena o esforço
Cobriu a cota do mês
Amanhã... é outra história
Começa tudo outra vez

Que profissão tão difícil
Quem é esse cidadão?
Não importa o nome do ofício
Só sei que é preciso PAIXÃO !

Renato César Nunes Paes
Enviado por Renato César Nunes Paes em 16/01/2008
Reeditado em 16/01/2008
Código do texto: T820020
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