Seu Nome, Sua Vida, Mulher !

tem flores que

não sabem que

nasceram,

tem flores já crescidas,

mas que não são flores.

há flores e há flores,

há flores que não sabem

que são flores;

há flores e flores,

pra descobrir uma, há de ser

de amor e amor por faina

e dor.

assopre a flor ao vento

e deixe as pétulas

garlarem

na sua brisa;

aspire o pólem,

e deixe-o

rodopiar pelo

jardim.

dê tempo

ao tempo,

pois a natureza

é feita de espaços

e ventos de incógnitas.

e, na vida, chegou sua

vez, cheio de elos,

de fazer a

descoberta

de uma mulher

sem carmelos,

e veja:

se dela nascer

a fragilidade,

a dor,

os feixos de

tristeza,

o arco-iris,

o sorriso de

ser linda,

o riso

de ser formosa.

a bondade,

feito a deusa iris,

então,

você acaba de

descobrir

a mulher.

e dela você

não descobriu

só o sexo,

nem o puro prazer,

mas a maravilhosa

imagem que lhe ardosa

o âmago:

você achou a verdadeira

mulher:

que jorra feito corredeiras,

no milagre de fazer você um

homem,

o milagre de descobrir

que a mulher não é só

um objeto rotineiro,

mas o eterno espírito faceiro

que do homem é herdeiro.

José Kappel
Enviado por José Kappel em 18/01/2008
Reeditado em 30/07/2018
Código do texto: T822614
Classificação de conteúdo: seguro