O MEDO

A noite surge,

A rua está deserta.

Fico alerta,

Pois cuidados urge.

Caminho depressa,

Olho p’ros lados,

Muito desconfiado,

Tenho medo à beça.

Continuo caminhando,

Não posso voltar,

Não posso parar,

Estou medrando.

As pernas vacilam

O coração bate forte.

Temo, sim, a morte,

Vocês não imaginam.

Preciso de uma decisão

Mas correr não posso;

Ficar, merda, que troço,

Sou um tremendo bufão.

O raciocínio desaparece

Um dos pés claudica,

Ninguém p’ra dar uma dica,

Então fiz uma prece.

Sendo verdade ou lorota,

Eu não sabia como fazer,

Foi quando ouvi uma voz dizer:

Acorda, seu grande idiota.

levy pereira de menezes
Enviado por levy pereira de menezes em 18/01/2008
Reeditado em 07/03/2008
Código do texto: T823205