Mais Gorduras!

Por qual tamanho de tempo a redondilha soergue,

Na vazante da lágrima inteira, atenções alam,

Do que fala, prisma & recolhe tal vórtice hílico,

Metalinguagem, dois dedos na garganta,

Frasco que a fumaça entope de tão fresca,

Vôo sem asa que tais centavos cobrem,

Caça-níqueis engordam o balcão, mais papéis,

Traga a tragédia para perto da rua insólita,

Câimbras nos dedos do pé, algo platônico,

Ventos soprando histórias que não foram contadas,

Piratas modernos mordendo a própria pele,

Mais futebol na hora da visita,

Desagregados com drogas compulsivas,

Frase encurta, curta, tantas falácias,

Ignóbil mental do parafuso solto,

Daquilo que se avisa, mal se interpreta,

Tal é o amargo que a boca sustenta,

Páginas em que a palavra distrata a razão,

Neblina sobre a tarde frígida & apática,

Passageiros de um ultraje maior ou menor,

Roda outra lágrima, a carne sangra interna,

O tempo como cicatriz esperando o amanhã!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 20/01/2008
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