AOS POUCOS, FUI DESCOBRINDO

Aos poucos, fui descobrindo

Que eu era pouco.

Que eu era... não muito.

Que, em verdade, eu era mesmo

Era muito... mas muito pouco!

Eu que, quando jovem,

Pensava ser desmedido,

Hoje, maduro, descubro-me

Uma pequena quantidade.

Pouco a pouco, reduzido.

Uma frágil gota d´água.

Um invisível grão d´areia.

Um minúsculo pigmeu,

Sem a mínima importância.

E, ao perceber que nada sou,

Ou que muito pouco sou,

Que muito pouco sei...

Encontrei-me pela primeira vez,

Bem mais sólido e vibrante.

Muito mais imaginado e contente!

E somente assim:

Ao reconhecer a minha

Ignorância, o meu não saber...

A minusculosidade e pequenez...

Foi que me senti muito - e gigante.

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 21/01/2008
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