A moeda em pé
Caçado por um monstro,
A comida lhe falta à boca vazia,
Se te apavoras, é porque tem medo,
E a repulsa renova a cada dia.
Não és Moisés,
Jamais abriria o Mar Vermelho,
O que tens de enfrentar,
É a face nua diante do espelho.
Se tuas crianças são esqueletos,
Prova-lhe de teu tutano,
O desespero sempre lhe assola,
Tuas mãos são como a de um cigano.
Assassinando as moscas ao redor,
Exaspera sem limite algum,
Cheirando aquilo que lhe dá vida,
Será como o rei de lugar nenhum.