SEGREDO

“Abra-me tua caixa de amor empalidecida

- coração entre as coxas”!

São fragmentos das idades sinistras.

Acertos e fracassos joviais.

Ora, aguarde minhas respostas terminais!

Embora, nos aposentos das tardes vermelhas,

tramar-te-ei à maturidade –

precocemente eterna!

E tu me contarás,

em futuras trevas,

o herói dos sábados colegiais;

o alguém de outros carnavais.

Mas tua caixa intacta,

fechou-te em minha idéia fixa:

vou abri-la, arrebentá-la!

Talvez, maquine uma situação,

sob o que dispõe meu dom.

Não,

não desejo sacramentos no Jordão!

Não,

não devo ficar aqui!

Não,

de teu útero preciso fugir!