VAI BOIADA.

Vai boiada

Lenta e constante

Levando pela longa estrada

Cada vez mais longe

Um peão de sua amada

Vai boiada

Ao som do berrante

Deixando suas marcas

Pelos campos e cidades

Num crescer lento e constante

De uma dor,

De uma saudade.

Vai boiada

Com seu jeito preguiçoso

Levando consigo

Meu coração choroso

Perto de um destino

Tão longe de meu querer

Tão perto de um desatino,

Da solidão de meu viver.

Com vontade de chegar

Vou tocando esta boiada

Pela estrada que me leva

Pra longe de minha amada,

E vou tocando esta boiada

Sem saber como voltar

Da solidão desta invernada.

Sem saber como tocar

O berrante de minh`alma.

( D'Eu )

Sidnei Levy
Enviado por Sidnei Levy em 29/03/2005
Código do texto: T8515