Mãos

Tua presença cordial

minha tortura devassa

E teu sangue agudo penetrando

em meu corpo intacto:

meu martírio eterno

A mansidão dos teus lábios

arruína o pouco que guardo

e minha voz em ti

se torna um silêncio desesperado.

Estranha forma impura

que filtra em minha veia

a corromper minhas vontades guardadas

corroendo minha pele em um estado

podre a necrosar

causado por esses vermes malditos

de tuas mãos...

Que mãos...

Que deixam em estado de putrefação

esse meu pensamento de não querer-te

Rosalice
Enviado por Rosalice em 13/12/2005
Código do texto: T85181