"VULGARIDADE É TEMPERO" = Poesia=

Vamos falar toda a verdade

Sem rodeios, sem frescuras

Quem só escreve vulgaridades

É uma muito infeliz criatura

A vulgaridade, se corriqueira

Afeta a cabeça de seu autor

A ponto de qualquer besteira

Elogiar-se, julgar um primor

Sei de apenas dois centenários

Lúcidos, e ainda bem atuantes

Dele, só feitos extraordinários

Dela, vulgaridades chocantes

O nome dele ficará na memória

Será o de ruas, praças, avenidas

Ela, desbocada, metida a finória

É dessas figuras logo esquecidas

Sei que a vulgaridade é tempero

Que nem sempre nos pode faltar

O problema é quando há exagero

E o autor não consegue mais parar

Fernando Brandi
Enviado por Fernando Brandi em 14/02/2008
Código do texto: T859607
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