Nada me serve além de fumaça

Olho o vestígio da noite passada.

Visto-me em noite passeando o que olho.

Nosso passado olhava, vigilante.

Passei olhando vestígios negociáveis.

Olho a vastidão do dia seguinte.

Valho-me em dígrafos seguindo olhares.

Diurnos, seguidos, olharam viagens.

Seqüentes olhares vararam o dia.

Estupefato, bandido e vermelho.

Fator estúpido banido dos olhos.

Insensível, vomitado e voraz.

Em senso verdadeiro nada é faminto.

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 15/02/2008
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