CISNE

As luxuosas penas que acolchoam tua pele delgada

Fazem crer que é a fonte de toda a alvura do mundo

E as sinuosas curvas que compõem a silhueta no horizonte

Insuflam divindade a tua presença

Ainda me lembro de ti, Cisne

A deslizar sobre o reflexo do céu

Como se o céu fosse seu próprio chão

E daquela margem em adiante, não houvesse tempo

E tudo se resumisse em contemplação

Aqui não tem lagos

Tampouco cines

Tenho na memória, como fotografia

Aquele bico caramelo apontando em todas as direções

Vogando despretensiosamente

Alheio a tudo que havia ao seu redor

[rh.15.02.08.18:29]

Ricardo Henrique
Enviado por Ricardo Henrique em 16/02/2008
Código do texto: T861934