Escuro

Escuro

De tantas vezes que cruzei contigo,

Fiquei sempre sem sorte,

Sempre venceste e fugiste a galope,

Levaste-me o amor e a vida,

Num saque sem lei,

Em ataque de surpresa e sem opção,

Derrubaste-me o paraíso e meu coração!

A vida não é uma fatalidade,

E o que levaste, era meu de verdade,

Não há sinas escritas na mão,

E o destino não é determinado de antemão!

Não há coisas que têm de ser assim,

E o mundo não é melhor,

Com o contraste que ficou no meu jardim!

Venceste-me e levaste-me à loucura,

E escondeste-te, feito bandido,

Sem razão para esta ideia prematura,

Pergunto onde escondeste meu tesouro?

Ou estás à minha procura?

Nenúfar 12/2/2008

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 17/02/2008
Código do texto: T863454
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