Enquanto o Silêncio Não Fala

Meus monstros

Estão em festa

Nos calabouços

Da memória.

Quebram taças,

Derramam vinho

Nas paredes

E janelas.

Caem bêbados.

Levantam-se

E tornam a cair.

(re)contam minhas histórias,

deslendam minhas lendas,

Divertem-se com a escória,

Rindo

Entre si.

E como não tem

Nada para escutar

Do lado de fora,

Eu sou um espectador atento

Das estórias que contam

Em mim.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 18/02/2008
Código do texto: T864981
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