Incidente da aurora

É o castanho de seus olhos.

De manhãs pálidas de domingo.

É o vento frio e cortante

da madrugada fugaz

e fatídica.

São dez da manhã?

Ou é hora do lótus?

De quem é o dia hoje?

Destes ou daqueles corações boêmios?

“Óia” a lua no céu brilhar de repente.

Sinta o calor,

o vapor de uma noite de fevereiro.

Esperemos juntos, amor...

Esperemos pela chuva que não chega.

Sangrando o último sonho,

tragando e queimando com a binga.

Onze e quinze;

o dia nem começou e já estou bêbado.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 20/02/2008
Reeditado em 27/11/2008
Código do texto: T867433
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