O Deserto

O Deserto

Forço o corpo ao combate,

Atiro-me na trincheira, sem armas e sem arte,

Levo o que resta de mim,

Um corpo cansado,

E o olhar que não se descreve no meu latim;

Salto para o precipício sem saída,

Ou para o prenúncio de um fim.

Auto-flagelo a mente,

Numa discussão sem argumento,

E enquanto oiço a sabedoria do vento,

Não encontro novas para mim!

Fico esquecido nas linhas do mapa,

Num indecifrável trajecto que me escapa,

E perdido num deserto bravo,

Onde me acabo e fico aprisionado!

Nenúfar 13/2/2008

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 20/02/2008
Código do texto: T868066
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