SOB AS ÁRVORES

Sob as árvores da minha terra

Há um encanto e um frescor,

Uma paz que se estende

Até onde a vista alcança.

Sento no banco da praia

À sombra do chapéu-de-sol

Olhando o sol que se vai.

Extasio-me com o cenário,

Percebido, somente, pela alma,

Centenas de anjos em algazarra

Cerrando o portal do dia

Para descanso dos laboriosos.

Abrem-se as cortinas da noite.

Inicia-se o eterno espetáculo

Da lua e estrelas em palco negro

Desempenhando seus papéis

De encantadores de namorados

Caminhando enlevados

Ao som de invisíveis violinos

Executando romântica melodia.

O mar levanta as saias,

De brancas rendas, das ondas,

Para a lua, mágica, pintar

De ouro a orla da praia,

Na tela dos meus olhos,

Com a paisagem de graça e viço

Plantada por ordem do Criador

No solo da minha terra.

30/12/04.