DESPINDO A ALMA

Ando perdida num deserto...incerto,
desconheço as profundezas do mar,
meu destino é como um porto aberto,
onde naus errantes, vêm habitar.

Proibi meu descanso de sonhar...
Aves alçaram vôo, pra nunca mais,
contemplo a luz de min’alma apagar,
é o triste adeus das fantasias irreais.

Ainda que seja retirante, a inspiração...
é teimosa em povoar os versos meus,
queria tirar-te enfim do meu coração.

Contudo isso, é renitente esta ilusão...
Não adianta eu tentar dizer-te adeus,
pois sem ti, morro aos poucos de paixão..

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 03/03/2008
Reeditado em 03/04/2008
Código do texto: T885909