O teu leito...

Desfeito ... ainda com o teu cheiro.

Tu já foste ... eu ainda fiquei...

Olho a ausência , como triste sendeiro ;

Lembro ainda , como te amei...

Olho ausência com dor no peito.

As marcas que deixaste no lençol,

que para sempre ... fique assim o leito,

como terra molhada , sem o sol.

Rodo na cama louco,

porque eu quero...

Será pouco ,

mas eu venero...

Quero esses seios que me encantam.

Esses lábios que me embriagam.

Esse corpo que é divino templo...

Essas pernas elegantes,

que no espasmo me apertam...

Deliciando a vida,

cantando o hino,

de mulher perdida.

Rodo na cama , apenas eu...

Vazia ... como minha alma.

Destino que Deus me deu,

vida serena e calma...

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 20/12/2005
Reeditado em 29/12/2005
Código do texto: T88602