A Flor de Março

Não é possível desdenharmos da dor,

Bem como não é possível odiarmos a flor.

Em meio a simbolos, sangue,suor e gritos

Medos reversos em Idéias e mitos...Tu mulher

És em quem existo.

Não me mal entendas pelo vinco,

Não sou do machismo o vício,

Mas compreendo o rito...

Tu mulher não és do amor, se não a essência da vida.

Não sou eu, se não o teu julgo,

Pois que em tua morada,

Teus verbos ou estrada, sou digno se orientado por ti.

Não posso então querer ou entender ser maior, ou pior,

Sou rei de tua rainha.

Não és tua nem minha,

Mas a voz que ousa emudecer a vinha.

Como posso fechar os olhos,

Ousar tantas vezes violentar a tua liberdade,

Se em qualquer idade, tu já tens o teu coração aberto,

A tua alma livre e a tua pespicacia acesa.

É pouco verbar a herança de teus pés,

Pois que tu, mulher, ainda sem saber,

Popr tudo o que se vê, pareces ser hoje a representação

Única da Divindade aqui na terra.

Homem não chora...

homem mora na eternidade do seio

Que come, Que bebe e que ainda tem fome,

Mas é incapaz de se render a humanização femenina da mulher

Que viver nos braços ásperos dos séculos, fazendo ser,

Fazendo crêr... Trazendo ao mundo, em cada nascer,

A única esperança de paz e de amor.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 08/03/2008
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