Fragmentos

“deixe o tédio para os entediados” / E não chore o amor passado. / A crista da onda sempre trará / As angústias de um novo surfista / Que se despedaçara nas areias inconstantes / Do destino aventureiro / Que zomba dos nossos anseios.

“os outros podem nos fazer companhia apenas” / Mas nossa alma vestirá nossas roupas / Limparás os vestígios da nossa noite / Com maquiagem permanente. / Os outros são dos outros / A companhia distante aconchegante / Deixa perfumes na saudade.

“uma menina de humor instável” / Rompeu o hímen da madrugada / E sorriu junto com a manhã qualquer / Era sua primeira vez; / Sentiu um frescor interino / Dos gozos dos anjos / E sorriu para o primeiro raio do sol / Que lhe desvirginava a imaginação.

“talvez vc seja apenas uma garota mimada” / Que nos cantos da noite fria / Chora calada a ausência do amor não vivido. / A garoa mima a mimada garota / E um príncipe, dos cantos da noite / Espera em vão / A hora do amadurecimento da menina encantada.

“palavras, palavras, palavras....” / Que não cantam o refrão da tua ausência / Palavras que escondem meu vã sofrimento / Meu tédio, meu mal... minha loucura astral / Em querer-te demais. / Palavras, palavras... luta vã de uma manhã qualquer / Que rompe a busca do meu não entendimento / Da minha efêmera vida .

“tão bom problematizar o outro/ e esquecer do problema que é meu” / Tão bom guardar meu lençol manchado / No meio das roupas tuas / E sair vestida de seda / Refletindo o sol covarde / Que não chora a solidão da noite / Que encurralada reflete a tristeza / De uma minguante lua.

“o que vaza é mau cheiro” / Dum falso amor dentro do esgoto. / Anjo torto, seu escroto / Por que não me disseste que o amor doía? / Pelo menos, assim, / Saberia que, mais tarde, / Ele também federia.

“as palavras como armas e escudos” / Levam meu barco no meu naveg-amar-te / No alto, a bandeira sisuda ao vento / Segue o rumo das folhas que caem / trazidas pelo vento sem norte / E com sorte, chegarei à tua ilha virgem / E conclamarei todos os rei / Para a proclamação de um novo estado / O estado das palavras como armas e escudos / Em busca do amor perfeito.

vc ama a pequena e inofensiva... assuma” / Ou suma... porque o mal do amor / Com o tempo engrandece a ofensiva / e o pequeno se tornará o mostro do lago / Que esconde sereias prostituidoras de almas. ] Assuma ou suma.. pois o sumo da vida / É a inofensividade do amor

“a verdade é a adequação do nosso pensamento” / E esta mesma verdade me trai / Por que não consigo encontrar no tempo do meu pensamento / Um momento só de nos dois. / Que a verdade seja desfeita em mil mentiras / Para que assim / Num momento de espera milenar / Haja uma adequação da verdade com o meu pensamento.

“as vezes a mentira parece ser tão sincera” / Como diriam as donzelas / Na noite da falsa valsa dos quinze anos / Sangrando por baixo do branco paetê / Pisadas nos calos colhidos na noite / Em fugas pelas janelas da hipocrisia. / Armamos o circo da verdade / Debaixo do toldo da mentira / Vigiados pelos semblantes da ira / dos falsos deuses do hímen.

“Como uma traição recíproca”

Os degraus serão o mesmo / Na porta do dono do poder / Minha dor queimará lentamente / num braseiro da moda consumidora / Amanhã, o homem da Tv anunciará o normal: / Tudo em paz, segundo os animais! / “é sempre o mesmo em ilhas ou cidades “

“A intensidade está na fome” / A idade esfomeada do tempo / Intensifica a gula da fome / E o soberbo sabe saber fomear / As instância da fome do homem: / A fome do intenso poder!

“sem ao menos se despedir” / Esgueirou-se sem palavras rimadas / Cantou longe versos de outros poetas / E sorriu a estranhos num novo ninho; / Quando a prateado da noite / Refletiu o rio distante / Sentiu saudades das suas águas / E voltou num redeoinho de saudade

” Não posso calar-me aos cantos / Sorrir do inevitável confronto / O tapete persa pode estar manchado / O meu quadro escondendo meus fadários / O meu banheiro, sujo pelo cinzeiro do pensamento / Esvoaçando loucuras febris. / Bem sutis... nascerão alternativas / Advindas do momento do reencontro: / Desta loucura de pouco tempo te ter: / “como sempre foi e sempre vai ser”

Tropecei na pedra do poeta / Senti um calo nascer na minha fronte / Confronto de pensamentos pretéritos / Que seguem os deuses do papel / Que julgam aqueles que o jogam ao canto. / Aprender enraizado em páginas febris / Que clamam por mentes acerbas / Enquanto dedos degladiam com a alma em aflição / E o rascunho nasce borrado / Triste, sem inspiração..../ No confronto do aprendizado / Ficará num túmulo sem epitáfio guardado / A eterna pergunta do saber: / “será que não existe ensino sem dor”

Pensei em ficar calado / colado no teu corpo de sonhos / Etéreo! / Leve, envolvente.... ! / Mas como calar diante do sagrado / Como não gritar diante do profano? / Preferi o silêncio da noite / Que te acalenta no frio dum lugar qualquer / Sorvo a essência do teu corpo em distância / E mudo, rascunho no papel teu poema / Enquanto descubro que / ”Minhas frases parecem ter peso sobre o pensamento”

Vesti meu melhor terno / Não ficou bem! Precisava de ternura. / Encolhi dentro do ar condicionado do profeta / perdi-me ao som da normalidade do coral / E voei sem planos, com danos... / A um outro mundo qualquer / Distante, de cima, de baixo... / E visualizei a minha própria imagem: / “Um Torto, visto por dentro”

“Vai bicho ser boering na vida”

Olhei-me num espelho pensante / refletindo minhas satíricas angústias / Olhei-me do pescoço à cintura / Fugi à normalidade da maquilagem / Da cabeça aos bons sapatos / E busquei a resposta da minha espelhada vida: / Por que nasci com alma de Apolo e rosto de Vulcano? / E uma voz com rosto de cristal / Reluziu em meio aos deformes refletidos :/”És Torto lívido, por fora e por dentro”

“Voando alto! Trespassa o alto-cúmulo, chove palavra”

A minha boca cuspiu duas palavras / Ao mendigo faltou prato e colher. / Dois moribundo da vida! / Um morrendo por saber dizer Eu te amo; / Outro sorvendo uma sobra qualquer. / Quisera nos, peregrinos da noite / poder fazer calar “o riso da dor”

(Anjo Torto, poeta vórtice)

Dos anjos sei apenas o nome...das asas sei apenas o vento....da ddivindade sei apenas o milagre....da certeza sei apenas do amor......

Esqueci o nome dos anjos / Não pagarei Por este pecado / Perdi ventos, galguei alpendres a cair / Invoquei o Deus do vôo / Numa madrugada triste / Esperando um milagre acontecer / Acordei na certeza / Que o amor existe em palavras: / Vôos tortuosos que assombram os corações na madrugada.

Conheço-te Anjo...de muitas e muitas madrugadas...noites e noites pelas quais em voos tortos...avistei anjos certos em tortos rumos e desvios...conheço-te...

Se bem me conheces / Sabe a escarpa do caminho que tropecei / Das dores fiz meu pranto / Compus meu próprio refrão / Ao teu pedido de sim, muitas vezes disse não. / Muitas noites varei a madrugada / Desviando-me dos incertos querubins.. Fiz dos meus desvios / Um a talho a uma alma perto a mim. / Se bens me conhece, bem sabes que não uso seda, nem tenho cheiro de jasmim!!!

Eu por mim...de anjo só tenho...e tenho...meu amor que deixou os céus...para ser carne e em carne me amar...e deixar-se amar por homem...pobre de mim...mais osso sou...do que em mim carne tem

E da carne se fez o pranto em todo canto / Porque ao homem, desconhecer seu canto, / O torna orgânico assim / E chorarás em cada canto / À falta do pranto / Que a carne sente no fim!!!

Anonimamente te conheço / Não sei o preço de decifrar-te / Não sei a hora do medo / De nunca saber quem tu és / Partirás! Livre, leve.... Formará um rebanho de anônimos longe de mim / No primeiro colocarás nome de anjo / No segundo sorrirá-lhe uma placenta de luz... Seras um outro anjo em tua manhã. / E verás que a vida em cadeia / Pedirá passagem ao passado / E terás lembranças de um rosto desconhecido / Em formas de palavras tecladas. / Mas o tempo já deformou o orgânico / Foram-se os anos e danos... / E continuaremos, felizes, Anonimamente!

DUALIDADE ANÔNIMA TORTUOSA - Sem estrelas / Nem todas as noite são de festas / E no desespero da noite / pediram a um anjo / Torto, meio louco.... / Um verso incompleto... Um verso quebrado/ sem ritmo, mutilado/ que fosse o tema,/ para seleto poema. / E o anjo por despique/ soletrou um verso rouco/ Verso de ira e acinte:/ “Sem estrelas as noites são funestas”. (Kal Ângelus / Anônimo)

tudo que vem de vc e sobre vc....faz parte de mim....desde que me dou por gente, amor meu

Já nasceste minha / Entre flores de morte / E como gente latente / Dou nosso amor por fim / Já que tua alma faz parte de mim.

Sangro os danos da vida / Sangro a hora do desterro da normalidade / Pois esqueci a hora do punhal sagrado / Que fere a mão do injusto profano / Que sorri com dentes de laminas / Às carnes frescas da madrugada / Defumadas nas orgias dos corpos passageiros.. / Esqueci o canto do sábio / que nasce na flor do primeiro botão / E avisa aos incautos navegantes da vida: / “Não agradeça aquilo que te corta”

O feiticeiro dos meus sonhos, habita meus porões mais profundos.// Seu olhar é magia ... sua palavra alquimia . // Veste sentimentos com palavras, para brilhar poesia na passarela do meu ser. /// Ah esses olhos ... quanto feitiço .... // quanto desejo nesse toque, aprisionado nos meus infinitos. ( Estrel@)

CAVALGADA EM TUA ALMA - Transformei minha vida de alquimista. / Deixei os porões sagrados das experiências. / Coloquei venda e vestes humanas, / Cavalguei na alma tua, mulher... E me perdi! / Procurei sonhar junto ao teu ser / Buscando o caminho de volta a minha simples vida / Fugindo dos teus feitiços carnais... / Impossível! O caminho de volta aos teus olhos / Será sempre infinito / Por travestir-se em forma de estrela (Kal Ângelus / Estrel@)

Aos olhos do mundo posso ser o louco / porque faço do momento torto / O linear da sua perfeita poesia....

Uma pequena gota de orvalho conta a história dos oceanos ... // Conta o uivo do vento na rocha declarando amor, poemas , pequenas sutilezas / Conta a saga da ostra, escondida em si mesma e transformando-se em pérola para adornar o colo da sereia // Canta o mar em amores que acaricia a areia da praia, e copula na onda que explode na arrebentação // A gota de orvalho conta a história do amor ... // E assim quando no frescor da manhã acaricia as flores, é a lágrima que rola na face do mundo. (Estrel@)

ARREBATAMENTO - E por buscar no mundo a explicação da concisão / Cansei dos trajetos das águas que inundam / Dos ventos buscando amores em sutilezas / Arrebatando paixões em vendavais./ Me debrucei na saga do antigo autor / Encontrei páginas amareladas da mesma história / Viagens sem rumos em mares constantes. / Vem sal adocicado das ondas / Cantar no frescor da manhã / A história das ondas / Das loucas sereias, que dormem nas areias... / E verei, pelos olhos duma estrela, / A verdade brotada na lágrima da manhã / Que em forma de orvalho / rola nas rugas do mundo.(Kal Ângelus / Estrel@)

Teu sentir é forte / como o brilho de uma constelação.// Tua palavra é certa, / magia plena da alma .// Se não nos podem usurpar o sonho,/ deixemo-nos levar pela brisa morna que entorpece ...// Por que a vida é só um momento passando , /na linha tênue deste caminhar solitário. ( Estrel@ )

Respondo que ele aprisiona, eu liberto .......Que ele adormece as paixões, eu despertoooooo

Aprisiona-me a dicotomia deste sentimento / Que incólume a dor desfeita subjuga. / Não é amor, não é paixão dos descrente amantes / É a forma da dualidade de querer sem ter. / E não terá nome / Nem terá forma / Fará-me teu prisioneiro / Na tua libertação; / No recanto do gozo passageiro / será ele u7m simples tesão / Despertado pela forma / Que a mente pinta em vão. / Se me perguntares, respondo: / “Que ele aprisiona, eu liberto... / Que ele adormece as paixões”

E o tempo se rói com inveja de miiiimmmm .......vigia querendo aprender ......Como eu morro de amor pra tentar reviver

TEU CORAÇÃO : Coração de rara beleza / traz a cor púrpura e vivificadora das videiras /cheira a jasmim,rosas e açucenas ... //Coração feito de existência /de ventos e tempestades ..... Sussurra brisa morna em teus caminhos .... estreitas trilhas de paraísos distantes .// Traduz em saudade o palpitar de um outro coração / que bate lá ... /do outro lado do mundo ... / quem sabe , no mesmo ritmo do meu . // Coração menino , desconhece a razão .// Peregrino, vaga absorto em si mesmo. / E quando bate assim / mais forte em meu peito , / como se pudesse abrir asas para o vôo / transborda emoção nestes versos soltos ,/ concebidos nas coisas o coração . ( Estrel@)

Eu quero esse amor de que falam os poetas .../ Essa paixão que anda no coração dos loucos . // Eu quero .... // Quero essa vida que vivifica meus sonhos // e essa luz que ilumina meus olhos quando encontram os teus .... // Eu quero passar a limpo minhas biografias e escrever um novo capítulo do meu futuro. // Quero ser as asas do vento e acariciar teu corpo em brisa e perfume de jasmim .... // Eu quero ...// Encontrar-te amor verdadeiro a qualquer preço, a qualquer tempo , ainda que no derradeiro instante de vida em meus olhos .... // Eu quero .... // Alma gêmea da minha alma, estar diante de ti uma vez ao menos nesta vida, para conceber na eternidade este corpo etéreo em tua luz ....// E assim, tornar-me tua eternamente, e encontrar em teu coração , todas as respostas da minha solidão.(Estrel@)

Uma mulher com a alma vestida em luz , caminha diante dos seus espelhos ...// Reflete em cada um, as nuances da sua alma . // As vezes reflete uma rosa, outras, reflete um pássaro , // outras ainda, reflete apenas uma brisa fresca e descomprometida com o tempo. // Uma mulher diante da vida, // reflete em seus olhos o sonho ... // Em seus pés determinados a coragem da luta .... // Em seus cabelos a luz dourada dos trigais .... // No coração de uma mulher tudo se esconde ... // A incerteza de caminhar em si mesma, // o medo de seus próprios dragões, e até mesmo, o brilho de ser uma estrela. ( Estrel@ )

Olhe as minhas retinas, .meninas da tua alma .//Olhe todo seu passado e minhas pegadas ao lado das suas . // Num estranho sonho de fantasia , da magia das nossas almas ..// Olhe .... // apenas olhe seus olhos no espelho ..... // Eu estou brilhando em você . ( Estrel@ )

“sou uma pequena insignificante inesquecível” / Forma de amar. / Que os Deuses guardam em segredos / Nunca dantes revelados / Aos simples mortais / Sou apenas o primeiro brilho do olhar.

ainda procurando inventar o homem perfeito?

O tempo foi desfeito / Criaram-se novos mundos / Sub-mundos imundos sem a paixão presente / E ela, tateando na falta de luz do novo mundo, / com suas veste de verão, / “ainda procurando inventar o homem perfeito!”

“Quando a inspiração não falta, até parede vira porta” / E eu, como sempre na entorta / Varrei pela porta dos fundos / Pra não me sentir vigiado. / Mas estava escrito na entrada: / Casa dum mexedor de palavras!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 10/03/2008
Código do texto: T895248