O leão nosso de cada dia.

Todos os dias

Entramos na arena.

Na platéia o mundo

As vozes gritando

O leão já em cena.

Todos os dias

Lá vem ele faminto.

Urra, assusta,

Ficamos pálidos em torpor.

Todos os dias é assim.

Um leão doença,

Um leão patrão,

Um leão descrença,

Um Imposto de Renda,

Mais um leão.

E nós esquálidos

Famintos.

Sim, famintos.

Não querem dar mole pro leão.

Somos jogados na arena

E a luta começa...

Mordidas, feridas.

Dor, sofrimento.

Não sabemos como

Mas vencemos a luta.

Cada dia que passa é assim.

E às vezes nos achamos fracos.

Será?

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 24/12/2005
Código do texto: T90083