Abstração...

No abstrato espaço universal,

Um facho de luz se precipta por,

Sobre a terra,

E aos poucos difunde-se na relva,

Apenas um ser observa,

Do alto de uma colina,

Seu brilho espectral,

Desobstruindo o que resta,

Dos seres que habitavam,

As antigas frestas das,

Encostas pedregosas.

A luz banha os seres sem dó,

Transformando-os em autômatos,

À cascas desabitadas de emoção.

Do alto da colina,aquele ser chora.

Ao saber que não mais terá sentido,

O possível e o impossível,

Ou apenas outro por do sol .

Não nota que atrás de si,

Alguém se aproxima cego pela luz,

Que ali estava à cata de mais seres,

E o corpo daquele que chorava,

Cai e a luz o absorve.