Com Soneto de um querido amigo poeta.



* DISFARCE *


Sinto-me bem,frente às amarguras.
O tempo será ávido ao mostrar.
Nada fiz...nenhuma travessura.
Esperei calma,teu tempo de amar.

Sinto-me bem, diante das dores.
Carreguei mazelas neste caminhar.
Envolvi-me em levianos amores.
Esperei serena,este tempo passar.

Sequer verti lágrimas pelos cantos,
não demonstrei o estéril coração,
marcado, ferido e sofrido então.

Também não exibi meu desencanto,
traduzi em versos, minha emoção.
Protagonista infeliz nesta paixão.


Teu soneto ( reiterando o meu)



DOR E RESIGNAÇÃO

A dor que nos fere a alma...
É dor que nos deixa em meditação.
A dor que tira da esperança a palma,
é dor que oprime nosso coração.

A dor é cega, não poupa ninguém,
a todos, sem distinção, pode ferir.
Muitos sabem disfarçá-la e fingem
para outros seu mal não atingir.

Outros a disfarçam em esquecimento,
mas a dor deixa reflexos na face...
Com sulcos, estigma do sofrimento.

A dor da alma é desilusão que nasce,
fere o corpo e oprime nosso alento.
A resignação é bálsamo até que passe!

Poeta Anônimo


Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 15/03/2008
Reeditado em 03/04/2008
Código do texto: T902405