Benvinda
Teu hálito de cio
Na boca
Um gozo de beijo
Na língua
A sede
O fogo dos lábios.
Ordenhas a mim
Movimentos fartos
O corpo punge
Espasmo.
O arco teso
Procura frestas
Avenidas
Acidentes
O ventre congestionado.
Teu riso solto
Me acorrenta à carne
A mão vasculha
O desenho do rosto
Tão bela a tarde
De um verão vibrante!
Seios atrevidos
Empinam-me a boca
A saliva
Suaves mordidas
E de novo o jogo
A gangorra humana
O prazer da vida.
O grito
A garganta seca
E de novo o jorro
Caudaloso em teus meandros
O calor do corpo
O suor
O cansaço.
Silêncios sem fôlego
Apenas os olhos
Trocando sorrisos
Sob a luz do abajur.