Carnais oficinas de jornais

Desliza em meus dedos a incerteza,

ramificada na fábrica de tecer prantos,

em carnais oficinas de jornais.

A embriaguez deletéria nas veias,

surge nas alucinações de meu suor:

pérfido e frio enquanto salubre.

Em dúvida tremo diante a beleza

do corpo jogado nos cantos,

pois para as aves tanto faz.

Eu que teci tolices em minha teia,

a qual é produzida no pó

de ilusória saúde...